
Entenda a secura vaginal: causas, diferenças durante a gravidez e pós-menopausa, e como aliviar os sintomas
Descubra as causas da secura vaginal, diferenças entre gravidez e pós-menopausa, e tratamentos eficazes para aliviar os sintomas!
Sentir desconforto, ardência ou dor durante a relação sexual por causa da falta de lubrificação natural é mais frequente do que você imagina. Isso pode acontecer em diferentes fases da vida da mulher, como na gravidez e, especialmente, na pós-menopausa.
A boa notícia? Existem muitas formas de aliviar os sintomas da secura vaginal e cuidar da saúde íntima. Confira a seguir!
O que é secura vaginal e por que ocorre?
A secura vaginal é a diminuição da umidade natural na mucosa da vagina, que deveria manter-se hidratada para proteger contra infecções e garantir o conforto nas atividades do dia a dia, inclusive durante o sexo.
Quando essa lubrificação diminui, a mulher pode sentir coceira, ardência e dor – o que impacta não só o bem-estar físico, mas também emocional.
Quais são as principais causas da secura vaginal?
As causas são variadas, e vão desde alterações hormonais até o uso de certos medicamentos. Dentre os principais fatores, destacam-se:
- Queda dos níveis de estrogênio (especialmente na menopausa ou pós-parto);
- Estresse excessivo e ansiedade;
- Uso de pílulas anticoncepcionais;
- Lactação;
- Diabetes ou doenças autoimunes;
- Higiene íntima exagerada ou uso de sabonetes inadequados;
- Alguns tratamentos, como quimioterapia e radioterapia.
Vale lembrar que cada mulher é única, e o ideal é observar o próprio corpo e buscar ajuda profissional quando algo parecer fora do comum.
Quais são os sintomas associados à secura vaginal?
Os principais sintomas incluem:
- Coceira e ardência na região íntima;
- Sensação de ressecamento ou “aperto”;
- Dor durante o sexo (dispareunia);
- Pequenos sangramentos após a relação;
- Infecções urinárias frequentes;
- Desconforto ao urinar.
Esses sinais muitas vezes são confundidos com infecções ou outros problemas ginecológicos, por isso é tão importante buscar orientação médica para um diagnóstico preciso.
Como a secura vaginal se manifesta durante a gravidez?
Durante a gravidez, muitas mulheres esperam sentir o corpo funcionando em perfeita harmonia hormonal. No entanto, em algumas gestantes, pode ocorrer justamente o oposto: alterações hormonais, principalmente nos primeiros e últimos trimestres, podem provocar secura vaginal.
Além disso, o estresse emocional, o medo do parto e o cansaço físico também podem interferir na lubrificação natural.
É importante dizer que esse sintoma durante a gravidez não deve ser ignorado. Embora não seja grave, ele pode afetar a qualidade de vida e os momentos de intimidade com o parceiro.
Nesses casos, conversar com o obstetra pode ajudar a encontrar soluções simples e seguras, como o uso de lubrificantes à base de água.
Por que a secura vaginal é comum na pós-menopausa?
A pós-menopausa é, sem dúvida, o período em que a secura vaginal se torna mais evidente e persistente. Isso acontece porque os níveis de estrogênio caem de forma significativa, e esse hormônio é responsável por manter a elasticidade e a umidade da mucosa vaginal. Sem ele, a parede da vagina pode se tornar mais fina, sensível e seca.
O avanço da idade pode trazer outras condições que afetam a lubrificação, como a diminuição da libido e a atrofia vaginal. Mas isso não significa que a mulher deve aceitar o desconforto como algo "normal da idade". Pelo contrário: hoje existem excelentes opções para melhorar esse quadro e devolver o prazer de viver a sexualidade com saúde e autoestima.
Quais tratamentos estão disponíveis para aliviar a secura vaginal?
O tratamento depende da causa e da fase da vida da mulher. Em geral, as opções incluem:
- Lubrificantes íntimos à base de água ou silicone (uso pontual durante as relações)
- Hidratantes vaginais (uso contínuo, para melhorar a mucosa)
- Terapia hormonal local (cremes ou óvulos com estrogênio, sob prescrição médica)
- Mudanças no estilo de vida, como controle do estresse e prática regular de atividade física
Como escolher o lubrificante ou creme vaginal adequado?
Essa escolha depende do objetivo: se for para usar durante a relação sexual, prefira lubrificantes íntimos à base de água, pois são compatíveis com preservativos e têm menor risco de alergia. Já os hidratantes vaginais são ideais para uso regular e ajudam a melhorar a saúde da mucosa ao longo do tempo.
Evite produtos com perfumes, corantes ou saborizantes artificiais. Eles podem irritar ainda mais a região. E lembre-se: o melhor produto é aquele que respeita a sua individualidade.
Quais dicas podem ajudar a prevenir a secura vaginal?
Além do uso de lubrificantes ou cremes, algumas atitudes simples fazem toda a diferença:
- Beba bastante água para manter o corpo hidratado;
- Use calcinhas de algodão e evite roupas apertadas;
- Evite duchas vaginais e sabonetes agressivos;
- Reduza o estresse e durma bem;
- Tenha uma alimentação rica em gorduras boas (como abacate, linhaça e azeite de oliva);
- Invista em momentos de intimidade que promovam o desejo e a excitação.
Leia também: Corpo pós-parto: recuperação e bem-estar.
Quando é necessário buscar orientação médica para a secura vaginal?
Se os sintomas forem frequentes, intensos ou estiverem atrapalhando sua qualidade de vida ou o relacionamento, não hesite em procurar ajuda. Uma consulta com ginecologista pode esclarecer dúvidas como: “o que fazer para voltar a ter lubrificação feminina?”, “porque não tenho mais lubrificação?” ou “como resolver a secura íntima?”.
Como a saúde íntima influencia o bem-estar geral da mulher?
Cuidar da saúde vaginal vai muito além da sexualidade. Ela impacta o conforto diário, a autoestima, a vida de casal e até a saúde emocional. Ter uma relação saudável com o próprio corpo é fundamental para o bem-estar integral da mulher em todas as fases da vida.
Conclusão
A secura vaginal é mais comum do que se imagina – e felizmente, tem solução! Entender seu corpo, buscar ajuda quando necessário e adotar hábitos saudáveis são os primeiros passos para restaurar o equilíbrio da saúde íntima.
Seja na gravidez, na menopausa ou em qualquer outra fase, você merece viver com conforto, prazer e bem-estar.
As dicas não substituem consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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