Quem aborta pode engravidar novamente?

É comum que mulheres que sofreram aborto espontâneo tenham receio de engravidar novamente. Por um lado, há o trauma de passar por isso de novo. Por outro, o medo de não poder engravidar mais. 

O guia ‘Atenção Humanizada ao Abortamento’ elaborado pelo Ministério da Saúde, traz recomendações do período pós-abortamento, e menciona a importância da assistência médica aos cuidados físicos e psicológicos da mulher.

“A mulher com complicações de abortamento tem necessidade de cuidados destinados a protegê-la das consequências físicas e psicológicas do processo que está sofrendo, assim como evitar que volte a ser acometida do mesmo problema no futuro”, diz o documento.

Fato é que o aborto espontâneo não dificulta uma nova gravidez, ou seja, quem aborta pode engravidar novamente. Nesses casos, é preciso realizar o acompanhamento com o médico antes de uma nova tentativa, para que a mulher tenha a melhor orientação pré-gestacional.

Sobre engravidar após aborto

O mesmo estudo do Ministério da Saúde apresenta cuidado com a ocorrência de novas gestações indesejadas. Por isso, ele reforça a recomendação da assistência médica logo após a ocorrência do abortamento, para que a saúde da mulher não seja comprometida.

“Ela precisa da orientação dos provedores de serviço e de disponibilidade de métodos eficazes e aceitáveis na redução do risco de gravidez não desejada. Portanto, o atendimento da mulher com complicações de abortamento só será completo se acompanhado de orientação sobre anticoncepção e de oferta de métodos no pós-abortamento imediato”, orienta o guia elaborado por médicos especialistas.

Essa preocupação existe porque, de acordo com o estudo, a recuperação da fertilidade pode ser quase que imediata após o abortamento. Além disso, é preciso levar em consideração que o risco de haver um novo aborto espontâneo é maior entre as mulheres que já tiveram um histórico de abortamento. Por isso a assistência médica se torna fundamental.

“Nos casos de aborto espontâneo de repetição, as mulheres precisam proteger-se de nova gravidez até serem encaminhadas a um serviço especializado, que as ajude no diagnóstico e tratamento de seu problema”, diz o documento. Não deixe de consultar seu profissional de saúde para obter orientações individualizadas.

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