
Entendendo a gravidez anembrionária: o que é, causas e como lidar com o diagnóstico
Saiba o que é a gravidez anembrionária, suas causas, diagnóstico, opções de tratamento e como enfrentar emocionalmente essa condição!
Receber a notícia de uma gravidez é, para muitas mulheres, um momento de grande alegria. Mas quando essa alegria dá lugar a uma notícia inesperada – como o diagnóstico de uma gravidez anembrionária – as emoções podem se embaralhar.
Essa condição é mais comum do que parece, e entender o que ela significa pode ajudar a aliviar um pouco da angústia. Continue lendo a seguir para entender melhor o assunto!
O que é uma gravidez anembrionária?
Também chamada de “ovo cego”, a gravidez anembrionária ocorre quando o saco gestacional se forma, mas o embrião não se desenvolve. Isso acontece nas primeiras semanas da gestação, geralmente antes da 9ª semana.
O corpo reconhece o início da gravidez, o saco cresce, os sintomas aparecem, e até o exame de beta HCG pode dar positivo. Mas, infelizmente, o embrião não se forma.
Quais são as causas da gravidez anembrionária?
Na maioria dos casos, a principal causa está ligada a alterações genéticas no momento da fecundação. Isso pode acontecer por um espermatozoide ou óvulo com algum problema, o que impede o desenvolvimento do embrião.
É importante lembrar: não é culpa da mulher, não é resultado de algo que comeu, fez ou deixou de fazer. É, infelizmente, uma ocorrência natural que pode acontecer com qualquer casal.
Veja também: Compreendendo a endometriose: o que é, sintomas e tratamento.
Quais são os sintomas e sinais dessa condição?
No início, os sintomas são iguais aos de uma gravidez saudável: atraso menstrual, sensibilidade nos seios, enjoos e aumento do beta HCG. Por isso, o diagnóstico precoce pode ser confuso. Com o passar das semanas, no entanto, podem surgir sinais como:
- Leve sangramento vaginal;
- Diminuição dos sintomas gestacionais;
- Ausência de batimentos cardíacos no ultrassom;
- O útero não cresce como esperado.
Algumas mulheres relatam que a barriga cresce mesmo sem o embrião – isso acontece porque o saco gestacional continua se expandindo por um tempo.
Leia também: Adenomiose: causas, sintomas e tratamento.
Como é feito o diagnóstico de uma gravidez anembrionária?
O diagnóstico é feito por ultrassonografia. Quando o exame mostra apenas o saco gestacional, sem embrião, mesmo após a 7ª semana, levanta-se a suspeita.
Além disso, o beta HCG pode continuar subindo, mas não nas proporções ideais. Os médicos geralmente repetem o ultrassom após alguns dias para confirmar.
Quais são as opções de tratamento disponíveis?
Uma vez confirmado o diagnóstico, os tratamentos mais comuns são:
- Conduta expectante: esperar que o corpo expulse o saco gestacional naturalmente.
- Medicação: para induzir a eliminação do conteúdo uterino.
- Curetagem ou aspiração: procedimento cirúrgico para limpar o útero.
A escolha vai depender do tempo de gestação, do quadro clínico da mulher e da orientação médica. Nessa fase, é normal se perguntar se a gravidez anembrionária pode reverter. Porém, uma vez confirmado o diagnóstico, não há como reverter a ausência do embrião.
Como lidar emocionalmente com o diagnóstico de gravidez anembrionária?
Essa talvez seja a parte mais delicada. Mesmo sem embrião, o corpo se preparou para gestar. A mente também. Por isso, o luto é real e legítimo.
Conversar com um psicólogo pode ajudar. Buscar apoio na família, em grupos de acolhimento e até ler um testemunho de gravidez anembrionária de outras mulheres pode ser reconfortante. Permita-se sentir. A dor também faz parte da maternidade.
Perguntas frequentes sobre a gravidez anembrionária
Agora que você já entendeu tudo sobre a condição, reunimos algumas das principais perguntas sobre o tema. Veja a seguir e tire suas dúvidas!
É possível prevenir uma gravidez anembrionária?
Não existe uma forma 100% eficaz de prevenir, mas manter uma boa saúde geral, alimentar-se bem, evitar álcool e tabaco e fazer o pré-natal desde a tentativa de engravidar são atitudes importantes.
Se já passou por uma gravidez anembrionária, o médico pode solicitar exames para avaliar possíveis causas, mas na maioria dos casos, trata-se de um evento isolado.
Quais são os riscos associados a uma gravidez anembrionária?
Se não tratada corretamente, podem surgir complicações como infecção uterina, retenção de restos ovulares e desequilíbrios hormonais. Por isso, acompanhamento médico é fundamental. O profissional também pode avaliar o tempo necessário para o corpo expulsar o saco gestacional, que varia entre dias a poucas semanas.
Quanto tempo dura uma gravidez anembrionária?
Depende do momento em que é diagnosticada e da conduta adotada. Em geral, a condição é identificada até a 9ª semana, e o corpo pode levar até 3 semanas para eliminar o saco, se for escolhida a conduta expectante.
Quando é necessário buscar apoio médico após uma gravidez anembrionária?
Você deve procurar o médico se tiver sangramentos intensos ou dor abdominal forte, se sentir febre ou mal-estar, para saber quando tentar uma nova gravidez e para acompanhamento emocional e físico.
Conclusão
A gravidez anembrionária é uma experiência difícil, mas com acompanhamento médico e apoio emocional, é possível seguir em frente com segurança e esperança. Cuidar do corpo e da mente faz parte do processo. Para te ajudar nessa etapa, confira nossa websérie completa para a etapa de tentantes.
As dicas não substituem consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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