Trombofilia na gravidez: o que é e como tratar essa condição
Descubra como a trombofilia, uma condição de hipercoagulabilidade sanguínea, pode afetar a gravidez e a saúde materna. Saiba mais!
Introdução
Embora muitos pensem que seja uma doença, a trombofilia é, na verdade, uma condição que pode surgir como resultado da gravidez. Por essa razão, é crucial que todas as mulheres grávidas ou aquelas que estão planejando engravidar estejam atentas ao pré-natal e aos exames de acompanhamento.
A trombofilia pode afetar significativamente a gravidez e apresentar riscos à saúde tanto da mãe quanto do bebê. Neste artigo, vamos explorar mais sobre essa condição médica, seus potenciais impactos na gravidez e como é diagnosticada e tratada.
Entender essa condição é essencial para garantir uma gestação segura e saudável.
O que é trombofilia na gravidez?
A trombofilia é uma condição médica em que o sangue tem maior propensão a formar coágulos sanguíneos (trombos).
Na gravidez, esses coágulos podem bloquear o fluxo normal do sangue na placenta ou no cordão umbilical, resultando em riscos significativos para a mãe e o bebê.
Quais as causas e sintomas?
A trombofilia surge de modificações ou insuficiências na atuação das enzimas envolvidas na coagulação sanguínea, elevando a probabilidade de coágulos.
Além da chamada trombofilia hereditária, que é transmitida geneticamente, outros fatores podem aumentar o risco dessa condição na gravidez, incluindo:
- Varizes nos membros inferiores;
- Obesidade;
- Anemia falciforme;
- Histórico de câncer;
- Idade materna acima de 35 anos;
- Pré-eclâmpsia;
- Gravidez gemelar;
- Doenças cardíacas;
- Episódios anteriores de trombose;
- Imobilidade prolongada.
Na gravidez, a trombofilia geralmente é assintomática, embora algumas mulheres possam observar sinais como alterações na pele, inchaço, falta de ar, aumento da pressão arterial e variações no crescimento fetal.
Quer saber mais sobre pré-eclâmpsia? Leia nosso artigo completo para entender melhor essa condição e como se prevenir.
Como saber se tenho trombofilia?
O diagnóstico de trombofilia geralmente envolve uma combinação de histórico médico detalhado, exames de sangue para verificar os níveis de coagulação e possíveis mutações genéticas, além de exames de imagem, como ultrassonografia Doppler, para avaliar o fluxo sanguíneo e a presença de coágulos.
Estes testes ajudam a identificar fatores de risco e determinar a melhor abordagem de tratamento para garantir uma gravidez segura.
Quais são os riscos da trombofilia para a gestação?
A trombofilia apresenta desafios significativos para mulheres durante a gravidez, podendo afetar o desenvolvimento fetal e a continuidade da gestação.
Mesmo em mulheres sem a condição, o aumento natural da formação de coágulos é esperado devido ao preparo do corpo para o parto.
Durante a gestação, o risco de trombose é consideravelmente maior, podendo levar a complicações graves, como abortos recorrentes e obstrução do fluxo sanguíneo placentário.
LEIA TAMBÉM: Aborto espontâneo: o que faz perder o bebê no início da gravidez
Como é feito o tratamento?
O tratamento da trombofilia antes e durante a gravidez visa reduzir o risco de complicações trombóticas tanto para a mãe quanto para o feto.
Antes da gravidez, as mulheres com trombofilia podem ser orientadas a tomar medicamentos anticoagulantes, como a heparina de baixo peso molecular, para reduzir a formação de coágulos.
Durante a gravidez, o tratamento geralmente é continuado, com ajustes na dosagem conforme necessário para garantir a eficácia e minimizar os riscos.
Além disso, outras medidas preventivas podem ser adotadas, como o uso de meias de compressão e a promoção de um estilo de vida saudável, incluindo atividade física regular e uma dieta equilibrada.
O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar o progresso da gravidez e fazer ajustes no tratamento conforme necessário.
Conclusão
A trombofilia na gravidez pode representar um desafio significativo, mas compreender seus riscos e opções de tratamento é essencial para garantir uma gestação segura e saudável.
Ao acompanhar de perto o pré-natal e realizar os exames de acompanhamento recomendados, as mulheres podem identificar precocemente essa condição e receber o tratamento adequado para reduzir o risco de complicações.
É fundamental que as gestantes estejam cientes dos sinais de alerta e trabalhem em estreita colaboração com seus profissionais de saúde para garantir o melhor cuidado possível para si mesmas e para seus bebês.
Quer saber mais sobre gestação e saúde materna? Continue acompanhando o site para acessar conteúdos informativos e dicas úteis para uma gravidez tranquila e saudável. Clique aqui para explorar mais!
As dicas não substituem uma consulta médica. Consulte um profissional de saúde para obter orientações individualizadas.
Referências
Secretaria da Saúde. Governo do Estado da Bahia. Prevenção de tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia. Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/patologia/prevencao-de-tromboembolismo-venoso-em-gestantes-com-trombofilia/#:~:text=As%20gestantes%20com%20risco%20aumentado,e%20peri%2Dnatal%20seja%20evitada.
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. TROMBOFILIA NA GESTAÇÃO. Disponível em: https://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/trombofilia_na_gestacao_2017.pdf
Artigos relacionados