Profissional da saúde segura um modelo anatômico do útero.

Prolapso uterino: causas e tratamento!

Pós-Parto
Artigo
Dez 16, 2024
5mins

Saiba mais sobre o prolapso uterino, uma condição que afeta muitas mulheres, especialmente após a gravidez e o parto

Conhecido por afetar muitas mulheres, especialmente após a gravidez e o parto, o prolapso uterino é uma condição que se caracteriza por enfraquecer as estruturas de sustentação do útero.

O prolapso uterino acontece quando o útero se desloca de sua posição normal na pelve, podendo descer em direção à vagina e, em casos mais graves, até mesmo sair pela abertura vaginal.

Em seus estágios iniciais, essa condição é geralmente assintomática, mas o prolapso uterino pode envolver um desconforto significativo, dores e até complicações na saúde sexual e reprodutiva da mulher.

No texto a seguir, vamos falar mais sobre o prolapso uterino e fornecer uma visão abrangente sobre essa condição, apontando as causas, sintomas comuns e a importância do diagnóstico precoce.

Boa leitura!

O que é o prolapso uterino?

A condição médica chamada de prolapso uterino acontece através do deslocamento do útero de sua posição normal na pelve, que pode acontecer em diferentes níveis de gravidade.

Ocorrendo como um resultado do enfraquecimento dos músculos e ligamentos que sustentam o útero, o prolapso uterino leva o útero a descer em direção à vagina. Em casos mais graves, o útero pode até ultrapassar a abertura vaginal, o que é conhecido como histerocele.

O que pode causar o prolapso uterino?

Como apontamos, a principal causa do prolapso uterino se dá pelo enfraquecimento dos músculos e ligamentos que sustentam o útero na pelve. Esse enfraquecimento pode ocorrer devido a vários fatores, incluindo:

  • Gravidez e Partos: mulheres que tiveram múltiplas gestações ou partos vaginais complicados estão em maior risco, especialmente se os partos foram longos ou envolveram bebês grandes.
  • Idade Avançada: o envelhecimento natural leva à diminuição da elasticidade dos tecidos e à perda de colágeno, o que pode contribuir para o prolapso.
  • Menopausa: após a menopausa, a mulher vivencia uma redução dos níveis de estrogênio, que também enfraquece os músculos pélvicos, aumentando a probabilidade de prolapso.
  • Obesidade: o excesso de peso aumenta a pressão sobre os músculos do assoalho pélvico, favorecendo o desenvolvimento do prolapso.
  • Condições Médicas: doenças que afetam o colágeno ou que aumentam a pressão abdominal, também são fatores contribuintes.
  • Levantamento Excessivo de Pesos: o esforço físico intenso pode sobrecarregar os músculos pélvicos e levar ao prolapso.

Diferentes graus de prolapso uterino

Profissional da saúde aponta uma lupa para um modelo anatômico do útero colocado sobre uma mesa.

O prolapso uterino pode ser classificado em diferentes graus, a partir do nível de descida do útero na pelve, que determina a gravidade da condição e as opções de tratamento adequadas.

  • Grau 1: o útero desce um pouco, mas o colo do útero não aparece na vulva. Geralmente, esse grau não causa sintomas e pode passar despercebido.
  • Grau 2: o colo do útero desce até a entrada da vagina, tornando-se visível. Neste estágio, a mulher pode começar a sentir desconforto ou pressão na região pélvica.
  • Grau 3: o útero está visivelmente fora da vagina, mas ainda não ultrapassa completamente a vulva. A mulher pode sentir uma sensação de peso ou algo saindo pela vagina.
  • Grau 4: grau mais severo, no qual o útero está completamente exteriorizado, ultrapassando mais de 1 cm da vulva. Este estágio geralmente causa sintomas significativos e pode necessitar de intervenção cirúrgica para correção.

Qual o sintoma de prolapso uterino?

Como falamos, os sintomas do prolapso uterino variam dependendo do grau de descida do útero, mas os principais sintomas incluem:

  • Sensação de peso ou pressão na região pélvica;
  • Dor na barriga;
  • Corrimento vaginal;
  • Dificuldade em evacuar;
  • Incontinência urinária;
  • Dor durante as relações sexuais.

Quando o prolapso uterino é grave?

O prolapso uterino afeta a saúde física da mulher e também pode impactar seu bem-estar emocional e sexual. Portanto, em qualquer nível de intensidade, quando percebido, é crucial que as mulheres consultem um ginecologista para avaliação e tratamento adequados.

Nos casos mais avançados do prolapso, especialmente nos graus 3 e 4, a gravidade se amplifica, podendo necessitar de intervenção cirúrgica. Como vimos, no grau 3, o útero está visivelmente fora da vagina, mas ainda não se exterioriza completamente, podendo causar sintomas como dor durante a relação sexual, incontinência urinária e dificuldade para evacuar.

No grau mais severo, o útero se exterioriza completamente, ultrapassando mais de 1 cm da vulva, afetando significativamente a qualidade de vida da mulher, podendo gerar dor aguda, retenção urinária e infecções.

O que fazer em caso de prolapso uterino?

Em caso de prolapso uterino, independente da gravidade, é fundamental buscar orientação médica para determinar o tratamento mais adequado. O primeiro passo é consultar um ginecologista, que pode avaliar o grau do prolapso e os sintomas associados, podendo realizar exames físicos e ultrassonografias.

Para casos leves, como os graus 1 e 2, o médico pode recomendar exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.

Nesse ponto, a fisioterapia especializada pode ser uma boa opção para fortalecer a musculatura pélvica e aliviar sintomas. Da mesma forma, pode ser indicado o uso de um pessário, dispositivo que pode ser inserido na vagina para fornecer suporte ao útero.

Nos casos mais graves a cirurgia pode ser necessária. Na cirurgia de reparo do útero, o objetivo é reposicionar o útero na pelve e reforçar os músculos e ligamentos. Na histerectomia, acontece a remoção parcial ou total do útero, especialmente em mulheres na menopausa ou com prolapso severo.

Importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce do prolapso uterino permite identificar e tratar a condição em estágios iniciais, evitando a progressão para formas mais graves que podem impactar significativamente a qualidade de vida da mulher.

Como vimos, se o prolapso uterino não for tratado ele pode levar a complicações sérias, como dor crônica, infecções e problemas urinários. O diagnóstico precoce previne essas complicações, garantindo a melhoria na qualidade de vida da mulher.

Quando o prolapso é diagnosticado precocemente, as opções de tratamento também são mais variadas e menos invasivas, evitando a necessidade de cirurgias complexas.

Conclusão

Acontecendo de forma consideravelmente comum em mulheres grávidas ou após o parto, o prolapso uterino é uma condição que envolve o enfraquecimento das estruturas de sustentação do útero, podendo levá-lo a descer pela vagina, com diferentes níveis de gravidade.

Essa condição pode ser favorecida em casos de idade avançada, menopausa, obesidade, condições médicas específicas e exercícios físicos intensos, que afetam a força dos músculos e ligamentos que sustentam o útero na pelve.

Nos estágios iniciais do prolapso uterino, a condição pode passar despercebida, com o útero descendo um pouco, mas sem aparecer na vulva ou causar sintomas na mulher. Nos estágios mais avançados e graves, o útero se torna visível podendo até sair 1cm da vagina, exigindo em alguns casos a intervenção cirúrgica ou remoção do útero.

Destacamos aqui a importância do diagnóstico precoce para identificar e tratar a condição em estágios iniciais, evitando a progressão para formas mais graves.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde para receber orientações individualizadas.

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