Atonia uterina: uma complicação pós-parto
Entenda o que é a atonia uterina, as principais causas dessa complicação pós-parto, quais os sintomas e tratamentos disponíveis!
Representando um risco muito considerável para a saúde da mulher, a atonia uterina é uma complicação que acontece após o parto, caracterizada pela falta de contração do útero, podendo levar a quadros de hemorragia e outros problemas sérios.
A atonia uterina é causada geralmente pela distensão uterina excessiva, que pode acontecer em casos de gestação múltipla ou polidrâmnio, quando há excesso de líquido amniótico no útero, ou também devido ao uso de medicamentos que relaxam o útero.
Essa complicação envolve a gestante em sintomas característicos, como sangramento vaginal intenso, dor abdominal e sinais de choque, como palidez e tontura, sendo o tratamento mais recomendado através de manobras e massagens para estimular a contração uterina.
No texto abaixo, vamos explorar a atonia uterina, abordando as suas principais causas, sintomas e a importância de um diagnóstico rápido para evitar complicações mais graves.
Boa leitura!
O que é atonia uterina?
Quando o útero é incapaz de contrair de forma adequada após o parto, temos a confirmação de um quadro de atonia uterina, uma complicação que pode levar a cenários mais graves envolvendo a hemorragia pós-parto.
Sendo considerada uma emergência médica, a atonia uterina demanda uma intervenção imediata para controlar a hemorragia e estabilizar a paciente.
Vale destacar que, mulheres que já vivenciaram a atonia uterina, podem desenvolver um risco maior de recorrência dessa complicação em gestações futuras, tornando essencial o acompanhamento médico durante a gestação.
O que pode causar atonia uterina?
Após o parto, o útero deve se contrair para fechar os vasos sanguíneos, evitando uma possível hemorragia. Quando esse processo falha, temos a atonia uterina, que pode resultar em sangramentos severos e complicações graves.
As principais causas da atonia uterina, são:
- Distensão uterina excessiva, comum em gestações múltiplas ou quando há acúmulo de líquido amniótico no útero;
- Uso prolongado de trabalho de parto induzido levando a fadiga muscular;
- Presença de coágulos sanguíneos;
- Condições como miomas ou anomalias uterinas.
Como identificar atonia uterina?
Para identificar um quadro de atonia uterina, podemos nos atentar para sinais específicos dessa complicação, que incluem sintomas como dor abdominal, sangramento vaginal intenso e ausência de contrações no útero.
Após o parto é essencial manter uma atenção cuidadosa para as contrações uterinas, uma vez que a falta desse movimento, ou alguma falha nesse processo, pode levar ao quadro de atonia uterina.
O que acontece se o útero não contrai após o parto?
Se o útero não contrai após o parto, estamos diante de um caso de atonia uterina, que pode trazer riscos, complicações e consequências graves para as mulheres.
A falta de contração do útero após o parto, impede a cicatrização adequada dos vasos sanguíneos que se rompem durante o parto, causando um fluxo sanguíneo descontrolado.
Com essa perda de sangue significativa, as mulheres podem apresentar quadros de pressão arterial baixa, tontura, fraqueza e, em casos extremos, choque hipovolêmico, sintomas esses que podem se manifestar até um mês após o parto, especialmente em casos nos quais a atonia uterina foi sub diagnosticada ou tratada de forma inadequada.
Como reverter atonia uterina?
A intervenção médica imediata é uma necessária para reverter os casos de atonia uterina, através da administração de medicamentos, como a oxitocina, para estimular as contrações uterinas e ajudar o útero a retornar ao seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia.
Outros medicamentos podem ser utilizados dependendo da condição de cada paciente e da avaliação médica.
Nesse ponto, o acompanhamento pré-natal também pode ser muito benéfico, contribuindo para identificar fatores de risco e preparar a equipe médica para possíveis complicações, como a atonia uterina.
Importância de um diagnóstico rápido para evitar complicações graves
A identificação precoce da atonia uterina é vital para prevenir complicações graves, como hemorragia pós-parto, falência renal, choque hipovolêmico e até óbito materno.
Sem um diagnóstico correto e acompanhamento adequado, a paciente pode vivenciar uma deterioração rápida do seu estado clínico, levando a intervenções mais complexas, uma vez que o sangramento pode se intensificar, comprometendo a estabilidade hemodinâmica da mulher.
Tratamentos disponíveis
Existem alguns tratamentos disponíveis para a atonia uterina que trabalham com essa complicação em diferentes níveis de gravidade.
Em um primeiro momento, o tratamento começa com a administração de ocitocina, uma medida tanto profilática quanto terapêutica para prevenir e tratar hemorragias pós-parto.
Se a hemorragia for considerável, outras intervenções podem ser necessárias, como a massagem uterina bimanual, uma técnica que pode auxiliar na contração do útero e na redução do sangramento.
Essa massagem pode também ser acompanhada de medicamentos utilizados para promover a contração do útero e controlar a hemorragia.
Em casos mais graves, a inserção de um balão hemostático intrauterino pode ajudar a exercer pressão e reduzir o sangramento. Se essas medidas não solucionarem o sangramento, a histerectomia pode ser necessária para salvar a vida da paciente.
Conclusão
Neste texto, conhecemos mais profundamente uma complicação que pode ser muito significativa para as mulheres após o parto e que representa um dos problemas mais comuns das puérperas, com o sangramento excessivo.
A atonia uterina representa um cenário no qual o útero falha em manter as suas contrações após o parto, o que impede a cicatrização dos vasos sanguíneos que se romperam no parto, favorecendo um sangramento excessivo que pode levar a quadros sérios de hemorragia.
São vários os fatores que podem causar essa falha no útero, como a distensão excessiva, a fadiga muscular, a presença de coágulos sanguíneos, ou a incidência de outras anomalias que favorecem essa complicação na mulher.
No cenário de diagnóstico da atonia uterina que pode ser identificada pela dor abdominal, o sangramento excessivo e a ausência de contrações uterinas, a intervenção médica precisa ser urgente, adotando medidas que vão desde a administração de medicamentos para estimular as contrações do útero e conter a hemorragia, até a prática de massagens uterinas, podendo chegar a intervenções cirúrgicas em casos de risco de vida.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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